segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Trajetória- por léo poeta

Da sensação de um momento
Ou uma história cumprida,
Da força de um pensamento
Ou um discuido na vida
Muitas vezes planejado
Outras nem foi desejado
Mas não dar pra reverter,
E no prazo estabelecido
Com uma tapa e dois gemidos
Berra mais um ao nascer.
X
Nasce despido de tudo
No choro se faz entender
É criado para o mundo
Mas sem o mundo saber
Ai pensa que ta criado
Sabido e bem preparado
Começa o mundo correr
Só lhe chega coisa nova
Envelhece e não se forma
Aprendendo até morrer.
X
Esse ser determinado
Dependente do seu meio
Cresce sendo ensinado
A compreender de onde veio
Choca-se com a realidade
Contrária a sua verdade,
Sistemática e distorcida,
Pelo meio preparado
Pra bajular e ser bajulado,
Pra ter sentido na vida.
X
Crescemos internalizando
O que em volta acontece
Aderindo e adotando
Frustrações que desconhece
Que vem de quem nos educa
Pra confundir nossa cuca,
E nos deixar viciados
Apenas no que diz o outro
Que se disser que eu sou louco
Começo a ficar frustrado.
X
Ainda quando criança
Com brincadeira inocente
O que fazemos na infância
É o que dizem pra gente
Construímos nossa história
A partir dessa memória
Que regula nossa ação,
Dizendo-nos como agir
Como cantar, como sorrir,
Como agradar sem dizer não.
X
Somos entregues a vida
Sem tempo para estagiar
Com um fiapo de sonho
Na mão pra realizar
Erra mais do que acerta
Quando a vida é mais esperta
Deixa-nos encurralado
No meio da encruzilhada
Sem saber qual a estrada
Qual o caminho adequado.
X
E assim seguimos na vida
Condicionando o que somos
Abrindo e fechando feridas
E sem perceber nos tornamos
A própria fragilidade
E em nome da vaidade
Determinamos valor
Com qualidade ou defeito
Achamos-nos no direito
De limitar nosso amor.
X
Esperança demais é ilusão
É sonhar outra realidade
É um convite á depressão
É esquecer-se na verdade.
Desejar o que não é
É como viver pela fé
É ser visto só no ter,
E nunca pelo que sou
O que causa muita dor
Frustração e mais querer.
X
Na minha história de vida
Mudei sem querer mudar
Abandonei a corrida
Corri tentando alcançar,
Viajei pensando em você
E pra você não esquecer
Virei pássaro voador
E mesmo sem desejar
Se ouvir vai se lembrar
Do poeta “desertor”.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Pai Herói - Por Léo Poeta

Ele não é presidente, senador, governador
mas seu poder é natural e adquirido
através da campanha da vida!
Ele não é artista de cinema, telenovela
mas é famoso na arte da sobrevivência
em todas as épocas de sua vida, e desenvolveu
seu papel com honra, glória e muito louvor em uma
terra desigual e cheia de injustiças.
Ele não é industrial, advogado, desembargador
mas conseguiu respeito e admiração de todos que
o rodeiam, ele é muitas vezes quase iletrado, mas mesmo
assim um sábio em honra, orgulho, simplicidade, presença,
proteção e formado em sua rusticidade.
Ele é capaz de com sua presença impor ordem e conseguir
obediência sem dizer uma palavra.
Ele é a referência e a base de toda a família.
Ele não é o protagonista do seriado famoso que
muitas vezes serve de modelo e temos como ideal,
mas protagoniza no dia a dia com problemas de verdade,
e soluções simples que atenua não importando a gravidade!
É como se o simples fato de sua presença tornasse o
nosso mundo mais confiável, seguro e habitável.
Ele é o herói enorme de toda criança!
Ele é a pedra no sapato de todo adolescente rebelde!
Ele é o conselho sensato para todo homem e mulher aflito!
Ele é a referência de sabedoria simbolizada pelo cabelinho
branco, mesmo quando ele mesmo não mais se reconhece.
Ele nunca precisará ser político, industrial, desembargador,
artista de cinema pois ele já é para mim o maior!!!
Ele é simplesmente
MEU PAI!!!!