Enquanto o dia passa, escutamos homens cabisbaixos esperando a noite chegar.
Enquanto a noite tece sua teia neblinosa e turva, olhos de gatos a espreitam e furteiam.
Enquanto as manhãs se levantam enchendo o mundo de luz, olhares se cruzam alheios.
Enquanto a vida passa vagarosamente e espinhosamente, beijos tomam lugares.
Enquanto a morte carrega o preço fatal da liberdade eterna, vidas se gastam, cegas.
Enquanto o amor suplanta o ódio e engole a realidade, a mentira guia o amanhecer subservientemente condicionado à verdade absoluta.
Quisera ter olhos de um falcão, deixaria de ser presa.
Quisera ter a velocidade de um puma, alcançaria o destino.
Quisera apenas ser ouvido, usaria voz divina.
Ontem eu era apenas menino, hoje eu sou apenas vivido, amanhã estarei removido e tudo passará despercebido.
Quem disse que a vida não é apenas um meio de encontrar a morte?
Quem disse que a morte é o único sentido da vida?
Quem disse que a vida é eterna, desconsiderou que o "antes da vida" ainda não foi
eternizado e tão pouco considerado.
Quem disse que a morte é um novo começo, não considerou que tal vida já foi começada, vivida e acabada.
Quer me dar a liberdade? Dê-me agora ou cale-se eternamente.
Um comentário:
Quem for descendente da família Nunes da Costa, cujo patriarca é João Nunes da Costa, iniciada no Riacho Verde, Serra do Teixeira-PB, poderá encontrar a árvore genealógica desta família no site FamilySearch.org, desde João Nunes da Costa até seus descendentes atuais, assim como os membros de outros sobrenomes agregados por casamentos à família em pauta.
Postar um comentário