segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ás Zero Horas do Dia



Confraternizando o tempo,
nas horas medidas a dedo,
á espera do momento
o gemido esgota o medo,
o presente esperado
no fim de um dia suado
nas lacunas da agonia,
perdi o medo que tinha
escutando a 'frasezinha',
"Ás zero horas do dia"

Sem como explicar se fica
apenas sentindo se sabe,
que ontem e hoje pinica
o momento sei que cabe,
era cedo anunciava
que logo cedo chegava
num piado aconchegante,
não sei explicar porquê
mas na hora que vi você
era quase alucinante.

Num facho todo empanado
num lampejo de latada,
um respiro propagado
anuncia a madrugada,
envolvido em pano cru
de pele rubra rosada
com feição aparentada
naquele paninho nú.

Era quase meio caminho
pra chegar hora marcada,
nunca esteve sozinho
nem estará na jornada,
amor incondicional
terás, sem outro igual
que por certo será guia,
pra cair e levantar
mas muito valeu escutar
"ás zero horas do dia"

Contradizendo o saber
de quem muito tem sabido,
sua hora de nascer
parece ter escolhido,
encontrastes as previsões
feito balas de canhões
disparadas em nossa frente
botou moral no seu temnpo
e escolheu o momento
de vir viver com a gente.

Ás zero horas do dia
que marcaram nem chegou,
você fez como queria
e como queria ficou,
Me deixou meio confuso
fora da rota e sem fuso
mas logo me consertei
pra cuidar do teu futuro
te ajudar pular o muro
das ondas que naveguei.

Teu nome não é de santo
o teu corpo é do teu tempo,
tua mente é o teu manto
pra dozar teu sofrimento,
se viver hoje corrói
o teu nome de herói
talvez sirva de escudo
teu saber seja a lança
de causar grande mudança
naquele que for miúdo.

2 comentários:

Daniele Barros disse...

Hoje entendo totalmente o sentido da frase:

"Sem comentários."

GrutaNSConceição disse...

IMAGEM E TEXTO BELISSIMO.
PARABÉNS!